Estas ações visam desestabilizar os países do flanco oriental e testar as defesas da Aliança.
Nas últimas semanas, multiplicaram-se os incidentes de segurança no espaço aéreo europeu. Na Bélgica, drones sobrevoaram repetidamente a base militar de Kleine Brogel, onde se suspeita estarem armazenadas armas nucleares norte-americanas, levando o ministro da Defesa, Theo Francken, a sugerir tratar-se de uma "operação de espionagem". O aeroporto de Berlim também foi forçado a suspender voos devido à presença de drones. Em paralelo, a Força Aérea polaca intercetou, por três vezes numa só semana, aviões de reconhecimento russos Ilyushin Il-20 sobre o Mar Báltico, que voavam sem plano de voo e com os 'transponders' desligados. Na Lituânia, a situação escalou com o aparecimento de dezenas de balões provenientes da Bielorrússia, que levaram ao encerramento do aeroporto de Vílnius e da fronteira terrestre. A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, classificou estas incursões como uma "ameaça híbrida" e uma "provocação" que a UE "não tolerará", prometendo acelerar a criação de uma "barreira antidrones". Estas ações são vistas como uma tática deliberada de Moscovo e Minsk para gerar instabilidade e testar a coesão e a capacidade de resposta dos países da UE e da NATO.













