Estas alianças ameaçam minar políticas-chave do bloco, desde o apoio a Kiev até à futura integração, como a adoção do euro.

Na República Checa, o líder populista Andrej Babiš formou uma coligação governamental com o partido de extrema-direita Liberdade e Democracia Direta (SPD) e o partido Motoristas Unidos.

A nova maioria anunciou rapidamente que uma das suas prioridades é rejeitar qualquer plano para adotar o euro, mantendo a coroa checa como moeda nacional, o que representa um claro obstáculo à maior integração económica no bloco.

Paralelamente, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, está a trabalhar para formar uma aliança com a República Checa e a Eslováquia para se opor ao apoio da UE à Ucrânia.

Um conselheiro político de Orbán afirmou que o objetivo é alinhar posições antes das cimeiras europeias, à semelhança do que o Grupo de Visegrado fez durante a crise migratória. Orbán tem vindo a intensificar a sua retórica, afirmando que "qualquer pessoa que apoie a Ucrânia está a apoiar a guerra", e que a Rússia deseja a paz, ao contrário da Europa.

Esta tentativa de criar um bloco interno cético em relação a Kiev mina a coesão da UE e a sua capacidade de apresentar uma frente unida contra a agressão russa.