A iniciativa visa tornar o comboio uma alternativa mais competitiva e sustentável às viagens aéreas de curta distância, impulsionando simultaneamente as economias regionais e o turismo.
O projeto prevê ligar os principais nós de transporte a velocidades de 200 km/h ou superiores, o que resultará numa redução drástica dos tempos de viagem.
Entre os exemplos destacados, a ligação entre Lisboa e Madrid poderá ser feita em apenas três horas até 2034 (e cinco horas em 2030), enquanto a viagem de Lisboa a Paris, via Madrid, será reduzida para nove horas, em comparação com as atuais 26 horas. Outras ligações estratégicas incluem Berlim-Copenhaga em quatro horas e Madrid-Paris em seis.
Para concretizar esta visão, Bruxelas propõe a eliminação de estrangulamentos transfronteiriços com prazos vinculativos até 2027 e o desenvolvimento de uma estratégia de financiamento coordenada, que poderá culminar num "Pacto Ferroviário de Alta Velocidade".
O comissário europeu dos Transportes, Apostolos Tzitzikostas, sublinhou a importância da acessibilidade, afirmando que "a acessibilidade financeira [...] é proporcionada pela concorrência".
A Comissão planeia ainda apresentar, no início de 2026, uma proposta para a criação de um bilhete único intermodal, que permitirá aos passageiros reservar e comprar viagens que combinem diferentes empresas e meios de transporte "com um clique". O investimento necessário é substancial, estimado em 345 mil milhões de euros até 2040 para completar a rede prevista, com Bruxelas a garantir que dará prioridade a estes projetos no financiamento através de instrumentos como o Mecanismo Interligar a Europa (CEF).













