A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou o acordo como "boas notícias", destacando que o compromisso atualizado para as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDC) prevê "uma redução de 66 a 72% nas emissões de gases com efeito de estufa até 2035 em relação a 1990". O consenso só foi possível após a introdução de medidas de maior flexibilidade para os Estados-membros. A proposta original da Comissão Europeia, que permitia o uso de 3% de créditos de carbono internacionais a partir de 2036, foi considerada insuficiente por países como Itália e França.

O texto final acordado aumentou essa margem para 5% e antecipou a sua aplicação para 2031.

Portugal, que votou a favor, defendeu durante as negociações uma maior abertura para incluir créditos de projetos nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. A dificuldade das negociações foi reconhecida por um diplomata, que as descreveu como "muito difíceis", e a pressão para alcançar um consenso antes da cimeira de Belém era elevada para evitar um "desastre diplomático para a Europa".