Esta escalada retórica e militar está a gerar preocupação na Europa, com a UE a condenar as ações de Moscovo e a sublinhar a incomparabilidade com a posição dos EUA.
A Rússia anunciou testes bem-sucedidos de dois sistemas de nova geração: o míssil de cruzeiro Burevestnik e o submarino não tripulado Poseidon. Em resposta, Trump declarou que os EUA deviam começar a testar as suas próprias armas "em igualdade de circunstâncias", alegando que a Rússia e a China realizam testes "em segredo". O Kremlin negou ter realizado testes nucleares, esclarecendo que os ensaios não envolveram explosões nucleares, mas instruiu o governo a avaliar a necessidade de retomar testes em grande escala. O vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, alertou que "as consequências de tais palavras [de Trump] são inevitáveis" e que a Rússia seria forçada a avaliar a situação.
A União Europeia, por sua vez, condenou os testes russos, afirmando através da porta-voz Annita Hipper que "este não é um passo na direção certa" e que demonstra que Moscovo "continua a intensificar o conflito". A UE rejeitou comparações com o anúncio de Trump, argumentando que "há décadas que não vemos os Estados Unidos realizarem testes com munições reais das suas armas nucleares". O secretário-geral da ONU, António Guterres, também se opôs a quaisquer testes, advertindo que os riscos nucleares atuais são "alarmantemente elevados".













