A medida visa aumentar a segurança e reforçar a pressão sobre Moscovo devido à continuação da guerra na Ucrânia.

A partir de agora, "os cidadãos russos não poderão mais receber vistos de múltiplas entradas", o que significa que terão de solicitar uma nova autorização cada vez que planearem viajar para o espaço Schengen.

Segundo o executivo comunitário, esta alteração permite "uma análise rigorosa e frequente dos requerentes para mitigar qualquer risco potencial à segurança".

A decisão foi justificada pelo "aumento dos riscos para a segurança resultantes da guerra de agressão não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia, incluindo a instrumentalização da migração, atos de sabotagem e o possível uso indevido de vistos". A Alta Representante para a Política Externa da UE, Kaja Kallas, sublinhou a lógica por detrás da medida, afirmando que "lançar uma guerra e esperar poder deslocar-se livremente na Europa é difícil de justificar".

Esta política representa um endurecimento adicional, após a suspensão do acordo de facilitação de vistos com Moscovo em 2022. Embora a emissão de vistos permaneça uma competência nacional, a UE procura harmonizar os critérios e restringir a circulação, visando também diplomatas russos, que passarão a ter de notificar previamente as suas viagens dentro do espaço Schengen.