Esta mudança estratégica reflete uma profunda reavaliação da política de defesa da Alemanha em resposta à guerra na Ucrânia.
Numa videoconferência das Forças Armadas germânicas, o chanceler Merz afirmou que a Alemanha, como terceira economia mundial, não tem "tempo a perder" e que os seus aliados olham especialmente para a nação.
O objetivo é claro: construir um exército que esteja à altura da ameaça, que se manifesta diariamente através de "sabotagens, espionagem, ciberataques, voos de 'drones', assassinatos a soldo e desinformação direcionada". Esta posição foi reforçada pelo ministro da Defesa, Boris Pistorius, que alertou que a Rússia se está a armar para outra guerra e que a possibilidade de um ataque a outro país europeu não é um "cenário abstrato".
Para Berlim, a única forma de manter a paz é através de uma "dissuasão credível".
Para tal, o governo alemão está a tomar medidas concretas, como a revisão constitucional que permite maior endividamento para investir em Defesa.
Orçamentalmente, prevê-se um aumento substancial da despesa militar, de 51,95 mil milhões de euros em 2024 para 82,7 mil milhões em 2026, com a meta de atingir 3,5% do PIB em 2029, superando o compromisso da NATO.













