O plano enfrenta, no entanto, a resistência da Bélgica, que teme os riscos legais e financeiros, dado que a maioria dos fundos está sob custódia em Bruxelas.
O impasse tornou-se público após o primeiro-ministro belga, Bart De Wever, ter bloqueado a proposta na última cimeira da UE. A principal preocupação de Bruxelas reside no facto de a grande maioria dos ativos russos na Europa, cerca de 185 mil milhões de euros, estar depositada na câmara de compensação financeira Euroclear, sediada na Bélgica. De Wever expressou o receio de que o seu país possa ser processado pelo Kremlin e ser forçado a arcar com os custos caso a utilização dos fundos seja considerada ilegal.
O primeiro-ministro belga exige garantias de outros Estados-membros para partilhar os riscos, um pedido difícil para países já endividados.
A situação é agravada pela falta de transparência de outros países do G7, como França, Alemanha e Japão, sobre a localização e o valor dos ativos russos que detêm.
De Wever resumiu a situação afirmando: "A galinha mais gorda está na Bélgica, mas há outras galinhas por aí".
Enquanto a Comissão Europeia e os seus juristas consideram os riscos "controláveis", a Bélgica mantém a sua posição, tornando incerto o futuro deste mecanismo financeiro crucial para a reconstrução da Ucrânia, cujo défice orçamental continua a crescer.













