O projeto visa tornar o comboio uma alternativa competitiva à aviação, reduzindo tempos de viagem e promovendo a coesão e a sustentabilidade. O plano prevê ligar os principais nós de transporte a velocidades de 200 km/h ou superiores, o que permitirá reduções drásticas nos tempos de viagem. Entre os exemplos destacados está a ligação Lisboa-Madrid, que poderá ser feita em três horas até 2034, e a viagem de Lisboa a Paris, que passaria das atuais 26 horas para apenas nove.

Outras ligações, como Berlim-Copenhaga ou Sófia-Atenas, também verão os seus tempos de percurso reduzidos em mais de 50%.

Para concretizar esta visão, Bruxelas propõe eliminar os estrangulamentos transfronteiriços, desenvolver uma estratégia de financiamento coordenada e reforçar a governação a nível da UE.

Um dos objetivos centrais é a criação de um sistema de bilhética único e intermodal, que permita aos passageiros reservar viagens que combinem diferentes operadores e meios de transporte "com um clique". O comissário europeu dos Transportes, Apostolos Tzitzikostas, anunciou que uma proposta legislativa nesse sentido será apresentada no início de 2026.

O investimento necessário é substancial, estimado em 345 mil milhões de euros até 2040, a ser mobilizado através de fundos europeus como o Mecanismo Interligar a Europa (CEF) e a política de coesão, bem como financiamento privado.