Paris está agora a pressionar a Comissão Europeia para que tome medidas sancionatórias a nível do bloco. A decisão de suspender a Shein por 48 horas, para que a empresa "possa demonstrar às autoridades que todo o seu conteúdo está em conformidade com as leis", foi anunciada pelo Ministério da Economia francês. A medida foi desencadeada pela descoberta de produtos ilegais no seu 'marketplace', incluindo bonecas sexuais com aparência infantil e armas da categoria A.

Em resposta, a Shein suspendeu as vendas de produtos de vendedores externos em França.

O governo francês, no entanto, considera a ação insuficiente.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Jean-Noel Barrot, afirmou que a Shein estava "claramente" a violar as regras europeias e que "a Comissão Europeia deve tomar medidas enérgicas" e avançar com sanções.

O Ministério do Interior apresentou uma queixa ao Tribunal Judicial de Paris e a França enviou um pedido de investigação à União Europeia, "que reconheceu a gravidade da situação".

Vários ministros franceses recusaram encontrar-se com o presidente da empresa.

A controvérsia intensifica o escrutínio sobre o modelo de negócio da Shein e a responsabilidade das grandes plataformas digitais, enquadrando-se no âmbito do regulamento europeu Digital Services Act (DSA), que impõe maior controlo sobre os conteúdos e produtos vendidos online.