Esta medida reflete uma postura mais firme do bloco para limitar a circulação e aumentar o escrutínio sobre os requerentes russos. A decisão, anunciada pela Comissão Europeia, representa uma mudança significativa na política de vistos do bloco.
A partir de agora, os cidadãos russos terão, por norma, de solicitar uma nova autorização para cada viagem planeada ao espaço da UE, o que permite "uma análise rigorosa e frequente dos requerentes para mitigar qualquer risco potencial à segurança". A justificação para este endurecimento baseia-se no "aumento dos riscos para a segurança resultantes da guerra de agressão não provocada e injustificada da Rússia contra a Ucrânia", que inclui a "instrumentalização da migração, atos de sabotagem e o possível uso indevido de vistos". A Alta Representante para a Política Externa da UE, Kaja Kallas, sublinhou a dificuldade em justificar a livre circulação de cidadãos de um país agressor, afirmando que "lançar uma guerra e esperar poder deslocar-se livremente na Europa é difícil de justificar". Apesar de a emissão de vistos ser uma competência nacional, a UE procura harmonizar os critérios, uma vez que países como a Hungria, França, Espanha e Itália continuavam a conceder vistos com relativa facilidade. As novas regras visam também restringir a circulação de diplomatas russos, que terão de notificar previamente os Estados-membros sobre as suas viagens dentro do Espaço Schengen, como forma de contrariar as "atividades de informações cada vez mais hostis" do Kremlin. Esta medida insere-se num pacote mais vasto de sanções e numa nova estratégia comum de vistos que será usada como instrumento de política externa.














