As decisões recentes dos novos líderes políticos destacam um afastamento das posições pró-europeias e de apoio à Ucrânia.

Na República Checa, a eleição de Tomio Okamura, líder do partido de extrema-direita Liberdade e Democracia Direta (SPD), para presidente do parlamento causou controvérsia.

Uma das suas primeiras ações foi retirar a bandeira ucraniana da fachada do edifício, um gesto simbólico que foi criticado como lamentável e contrário aos "valores fundamentais da República Checa".

Okamura, considerado pró-russo e eurocético, foi eleito com o apoio de uma nova coligação governamental que inclui o movimento populista ANO e o partido Motoristas Unidos.

Esta coligação, que detém a maioria absoluta, já anunciou que irá rejeitar qualquer plano para adotar o euro.

Na Polónia, o primeiro-ministro Donald Tusk lamentou a "continuação da guerra" do presidente nacionalista, Andrzej Duda, contra o seu governo. Duda bloqueou promoções militares propostas pelo Ministério da Defesa, uma decisão inédita que Tusk descreveu como um golpe no sistema de segurança do Estado.

Esta convivência institucional tensa, marcada por vetos presidenciais a várias leis, reflete as profundas divisões políticas no país e complica a governação da coligação liberal e europeísta de Tusk.