As autoridades belgas suspeitam de envolvimento russo, descrevendo os incidentes como uma "ameaça séria".

Os aeroportos de Bruxelas e Liège, na Bélgica, foram forçados a encerrar temporariamente o espaço aéreo em múltiplas ocasiões após a deteção de drones. Incidentes semelhantes ocorreram no aeroporto de Gotemburgo, na Suécia, e perto de bases militares belgas que albergam armas nucleares americanas.

O ministro da Defesa belga, Theo Francken, sugeriu que os sobrevoos podem ser "tentativas de espionagem da Rússia", embora tenha admitido não existirem "informações concretas". Esta suspeita é reforçada pela sofisticação das operações, com drones a voar em formação e a utilizar frequências de rádio próprias, o que, segundo o ministro, não é característico de amadores. A situação levou a Bélgica a convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional e a dar ordens ao exército para abater os drones, se possível. Em resposta, o Reino Unido anunciou o envio de militares especialistas e equipamento 'anti-drone' para apoiar a Bélgica.

A Polónia e a Roménia estão a instalar o sistema americano "Merops" para neutralizar drones, e Varsóvia anunciou que irá desenvolver o seu próprio "muro anti-drones" sem esperar pela iniciativa da UE, que visa proteger o flanco leste da Aliança Atlântica.

A Comissão Europeia atribuiu os incidentes à Rússia, que nega qualquer responsabilidade.