A reunião extraordinária dos ministros do Ambiente da UE, que durou quase 20 horas, resultou num acordo por maioria qualificada, com Eslováquia, Hungria e Polónia a votarem contra.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, saudou as "boas notícias", considerando o acordo "um marco no caminho para alcançar a neutralidade climática na UE até 2050".
O presidente do Conselho Europeu, António Costa, também garantiu que o bloco fará tudo para "limitar o aquecimento global a 1,5°C acima dos níveis pré-industriais", mas alertou que "a janela de oportunidade para agirmos [...] está a fechar-se rapidamente".
O acordo estabelece que a UE se compromete a reduzir as emissões entre 66,3% e 72,5% até 2035.
Para acomodar as preocupações de vários países, a flexibilidade para o uso de créditos de carbono internacionais foi aumentada de 3% para 5%, permitindo que os Estados invistam em projetos sustentáveis fora da UE para atingir as suas metas nacionais. Portugal, que votou a favor, defendeu uma maior abertura para incluir projetos nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa. A decisão de chegar a um consenso antes da COP30 foi vista como crucial para evitar um "desastre diplomático" e para que a UE chegasse a Belém com uma posição unificada.














