O evento, copresidido por António Costa, presidente do Conselho Europeu, e Gustavo Petro, presidente da Colômbia, procurou avançar numa agenda comum focada na democracia e segurança. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, justificou a sua ausência com a "agenda política europeia" e a "baixa participação" de outros líderes, sendo substituída pela chefe da diplomacia, Kaja Kallas.

O chanceler alemão, Friedrich Merz, e o presidente francês, Emmanuel Macron, também não compareceram, diminuindo o peso político do lado europeu.

No entanto, o primeiro-ministro português, Luís Montenegro, e o presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, marcaram presença.

António Costa defendeu que "o diálogo multilateral é mais importante do que nunca" e antecipou a aprovação de "novos projetos" e um "pacote concreto de cooperação".

O primeiro-ministro Luís Montenegro apontou o multilateralismo como o "único caminho" para responder aos desafios globais e pediu que se "ultrapassem resistências" a uma maior aproximação entre os dois blocos.

O Parlamento Europeu também apelou a um reforço da cooperação e à rápida ratificação de acordos comerciais pendentes, como o acordo UE-Mercosul, para fazer face à instabilidade global.

A cimeira decorreu num contexto de tensões diplomáticas, nomeadamente entre os Estados Unidos e a Venezuela, o que marcou o ambiente das discussões.