Nas últimas semanas, a Europa tem sido palco de múltiplos avistamentos de drones que perturbaram significativamente a segurança e a aviação civil. Na Bélgica, os aeroportos de Bruxelas-Zaventem e Liège foram forçados a encerrar temporariamente o espaço aéreo em mais do que uma ocasião, causando o cancelamento e desvio de dezenas de voos. Foram também detetados drones sobre bases militares como Kleine-Brogel e Florennes, levando o governo belga a convocar uma reunião de emergência do Conselho de Segurança Nacional.
Embora sem “informações concretas”, o ministro da Defesa belga, Theo Francken, afirmou que “a Rússia é claramente uma suspeita plausível”.
Esta suspeita é partilhada por outras autoridades europeias, que ligam os incidentes ao debate sobre a utilização de ativos russos congelados na Bélgica.
Na Roménia, foram encontrados “possíveis fragmentos de um drone” perto da fronteira com a Ucrânia, e na Suécia, o aeroporto de Gotemburgo também suspendeu as operações.
A resposta a esta ameaça tem sido multinacional: o Reino Unido, a França e a Alemanha anunciaram o envio de pessoal e equipamento especializado para ajudar a Bélgica a combater as incursões.
O secretário-geral da NATO, Mark Rutte, discutiu o assunto com as autoridades belgas, e a Aliança está a apoiar os esforços para enfrentar este “desafio”. As autoridades belgas deram ordens ao exército para abater os drones, se possível, “sem causar danos colaterais”.














