A iniciativa reflete o compromisso do bloco em avançar com o alargamento, considerado uma prioridade geopolítica desde a invasão russa.
A reunião, agendada para 10 e 11 de dezembro, visa desbloquear as negociações de adesão, que se encontram congeladas devido ao veto do governo ultranacionalista de Viktor Orbán.
Budapeste justifica a sua posição com preocupações relativas aos direitos da minoria húngara na região ucraniana da Transcarpátia, nomeadamente em questões linguísticas e educativas.
A postura da Hungria tem criado tensões no seio do bloco, uma vez que a abertura dos capítulos de negociação requer unanimidade entre os 27 Estados-membros.
O encontro em Lviv pretende, assim, deixar Kiev preparada para acelerar o processo assim que o bloqueio húngaro seja levantado.
Esta iniciativa está alinhada com a avaliação da Comissão Europeia, que, num relatório recente, concluiu que a Ucrânia, apesar da guerra, tem continuado “fortemente empenhada no caminho para a adesão à UE, concluindo com sucesso o processo de avaliação e avançado em reformas fundamentais”.
O Presidente Volodymyr Zelensky reforçou este sentimento, afirmando que “o nosso futuro está na União Europeia”.
A Comissária para o Alargamento, Marta Kos, sublinhou que os países candidatos devem fazer escolhas geopolíticas claras e alinhar-se com o bloco em questões fundamentais antes de aderirem, um recado que ressoa no contexto da guerra e da necessidade de uma política externa comum coesa.














