Estas iniciativas refletem uma mudança de paradigma na segurança europeia, que volta a valorizar a mobilização de cidadãos para a defesa nacional. Na Alemanha, a coligação governamental acordou um novo modelo de recrutamento que entrará em vigor em 2026.

Todos os jovens do sexo masculino que completem 18 anos serão obrigados a registar-se e a submeter-se a uma avaliação de aptidão militar.

Embora o serviço continue a ser voluntário, o governo poderá introduzir a obrigatoriedade caso as metas de recrutamento não sejam atingidas, com o objetivo de aumentar as Forças Armadas para 270 mil militares até 2035.

A medida foi saudada pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, como uma decisão importante para a defesa coletiva.

Na Bélgica, o governo está a convidar 149 mil jovens de 17 anos a alistarem-se num serviço militar voluntário de um ano, com uma remuneração de dois mil euros líquidos mensais. O plano visa recrutar 500 jovens em 2026, com o objetivo de aumentar progressivamente este número.

Estas iniciativas inserem-se numa tendência europeia mais vasta, onde países como a Letónia e a Croácia também reinstauraram o serviço militar obrigatório, e outros, como a Dinamarca, o alargaram, refletindo a crescente perceção de que a prontidão militar e a preparação da população civil são agora elementos centrais para a estabilidade do continente.