A crise adquiriu uma dimensão política significativa ao implicar Timur Mindich, um empresário considerado amigo próximo e ex-sócio do Presidente Volodymyr Zelensky.

A revelação levou a reações imediatas por parte de líderes europeus.

O primeiro-ministro polaco, Donald Tusk, alertou que, se os escândalos de corrupção continuarem, será "cada vez mais difícil persuadir os vários parceiros a demonstrarem solidariedade com o país".

Numa conversa telefónica, o chanceler alemão, Friedrich Merz, "sublinhou que o Governo alemão espera que a Ucrânia avance com energia na luta contra a corrupção". Esta questão é crítica, dado que a Ucrânia é candidata à adesão à União Europeia e o combate à corrupção é um dos principais critérios para a integração.

Em resposta, Zelensky agiu de forma decidida, exigindo a demissão dos ministros da Justiça e da Energia, impondo sanções a Mindich e anunciando uma profunda reforma das principais empresas estatais de energia. O presidente ucraniano prometeu "a implementação rápida de novas medidas destinadas a restaurar a confiança da população ucraniana, dos parceiros europeus e dos doadores internacionais", e assegurou que o seu governo manterá "uma comunicação constante e construtiva com as autoridades policiais e os organismos anticorrupção".