A presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, apresentou esta como uma das três opções para o financiamento futuro da Ucrânia, descrevendo-a como "a forma mais eficaz de apoiar a defesa e a economia da Ucrânia".

Segundo a proposta, o empréstimo seria "sustentado pelo saldo em numerário desses ativos" e "reembolsado se a Rússia pagasse reparações".

O especialista em geopolítica Germano Almeida explicou que, segundo uma diretiva do Conselho da UE, "não existe outra alternativa real" para manter o nível de apoio desejado.

No entanto, a proposta gera reservas.

A Bélgica, onde está sediada a Euroclear, que detém a maior parte dos fundos, mostra-se relutante devido às "possíveis consequências jurídicas e financeiras".

O ministro das Finanças português, por sua vez, manifestou apoio "genericamente" à ideia, sublinhando que "qualquer cedência à Rússia será uma derrota para a Europa".

A expectativa é que a Comissão apresente uma proposta sólida este mês para ser aprovada pelos líderes da UE em dezembro, com o objetivo de tornar o mecanismo operacional em abril de 2026.