Nas últimas semanas, drones foram detetados sobre aeroportos, bases militares e centrais nucleares.

Na Bélgica, os sobrevoos obrigaram ao encerramento do espaço aéreo nos aeroportos de Bruxelas e Liège. O chefe do Comando de Defesa das Forças Armadas belgas, Frederik Vansina, admitiu que o país é alvo de "uma crescente ameaça híbrida" com "fortes indícios de serem orquestradas pela Rússia".

Em França, foram registados sobrevoos ilegais sobre uma fábrica de pólvora da empresa Eurenco em Bergerac e sobre uma esquadra e um comboio militar em Mulhouse. Em resposta, a Bélgica anunciou um investimento de 50 milhões de euros num sistema anti-drone e solicitou apoio aos seus vizinhos. O Reino Unido, a França e a Alemanha responderam favoravelmente, enviando equipas de especialistas e equipamento anti-drone para território belga.

O chefe do Estado-Maior da Defesa britânico, Richard Knighton, confirmou o envio de pessoal da Royal Air Force, afirmando que, embora a origem dos drones seja desconhecida, a suspeita sobre a Rússia é "plausível". O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, ligou as incursões às negociações sobre o uso de ativos russos congelados, sugerindo que é uma medida para "espalhar insegurança e a incitar o medo na Bélgica".