O ataque em território da NATO e da UE elevou as tensões, com as investigações a serem acompanhadas de perto pela Aliança Atlântica. O incidente ocorreu no troço Varsóvia-Lublin, perto da localidade de Mika, quando um artefacto explosivo detonou e destruiu parte da via.

A catástrofe foi evitada porque um maquinista detetou os danos e deu o alarme a tempo, impedindo o que poderia ter sido um descarrilamento com "dezenas de mortos". O primeiro-ministro Tusk afirmou que "os piores receios confirmaram-se" e prometeu que as autoridades iriam "apanhar os culpados, independentemente de quem os mandou".

O ataque é visto como parte de uma "guerra híbrida" mais vasta, com o ministro dos Serviços Especiais polaco a relacionar o incidente com uma série de atos de sabotagem executados "por encomenda de serviços estrangeiros" desde o início de 2024.

A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reagiu alertando que "as ameaças à nossa segurança são reais e estão a aumentar", enquanto o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, confirmou estar em "contacto estreito com as autoridades polacas", embora apelando à prudência até à conclusão da investigação.

O incidente sublinha a vulnerabilidade das linhas de abastecimento para a Ucrânia e a crescente ameaça de ações de desestabilização em solo europeu.