Este novo "sistema híbrido" surge como resposta à alteração do panorama de segurança na Europa e visa aumentar o efetivo das Forças Armadas alemãs (Bundeswehr) dos atuais 183 mil para 270 mil militares até 2035.

A partir de 1 de janeiro de 2026, todos os jovens do sexo masculino nascidos a partir de 2008 receberão um questionário sobre a sua disponibilidade para servir, sendo obrigados a preenchê-lo e a submeter-se a uma avaliação de aptidão física e psicológica. Embora o serviço não seja imediatamente obrigatório, o sistema permitirá criar uma lista de potenciais recrutas que poderão ser convocados pelo parlamento "em caso de necessidade de defesa nacional". Para incentivar o voluntariado, o governo oferecerá um salário de cerca de 2.600 euros brutos por mês e um subsídio para a carta de condução.

A decisão, que põe fim a meses de debate na coligação, foi saudada pelo secretário-geral da NATO, Mark Rutte, que se mostrou "muito satisfeito por saber que a coligação na Alemanha decidiu avançar", considerando a medida "muito importante" para a defesa coletiva.

Paralelamente, o governo alemão irá reforçar os serviços civis voluntários, criando mais de 15 mil novas vagas.