A posição do bloco sublinha a necessidade de qualquer solução ser justa, duradoura e contar com o acordo do povo ucraniano.
A notícia de um plano de paz secreto, negociado por enviados de Washington e Moscovo, dominou a agenda em Bruxelas, gerando uma forte reação de repúdio por parte das instituições europeias. A proposta, segundo os artigos, incluiria concessões significativas por parte da Ucrânia, como a cedência de territórios ocupados pela Rússia, incluindo a Crimeia e partes do Donbass, e uma drástica redução do seu exército para 400.000 pessoas. A Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros, Kaja Kallas, tornou-se a voz principal da oposição do bloco, insistindo que qualquer acordo de paz deve ser construído com o envolvimento direto da Ucrânia e dos seus parceiros europeus. Nas suas declarações à entrada da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, Kallas foi categórica: “É preciso recordar que há um claro agressor e uma vítima”. Enfatizou ainda que “para qualquer plano funcionar, precisa do apoio dos ucranianos e dos europeus, só assim poderá um cessar-fogo ser incondicional”. Vários analistas e comentadores citados nos textos descreveram a proposta como um “plano de capitulação” ou “rendição” para a Ucrânia, que legitimaria as anexações russas e comprometeria a soberania do país.
A ausência da UE e de Kiev nas negociações foi vista como uma tentativa de marginalizar os principais interessados, o que levou os Estados-membros a condenarem a iniciativa e a reafirmarem o seu apoio à integridade territorial da Ucrânia.














