A iniciativa surge como uma resposta direta à degradação do ambiente de segurança e à necessidade de reforçar a prontidão defensiva do bloco.
O novo pacote sobre mobilidade militar pretende eliminar as barreiras regulamentares e burocráticas que atualmente dificultam o movimento transfronteiriço das forças armadas.
Uma das medidas centrais é a redução drástica dos prazos para autorizações: de um período que pode chegar a 45 dias, passaria para um máximo de três dias em tempos de paz e apenas seis horas em situações de emergência. Para alcançar este objetivo, a Comissão propõe as primeiras regras harmonizadas da UE sobre o tema e a criação de um Sistema Europeu de Resposta Reforçada à Mobilidade Militar (EMERS). O plano também prevê um investimento significativo na modernização de infraestruturas de transporte de dupla utilização (civil e militar), como estradas, linhas ferroviárias, portos e pontes, para que possam suportar o peso e a dimensão de equipamento militar pesado. Para o próximo Quadro Financeiro Plurianual (2028-2034), a proposta orçamental para a mobilidade militar é de 17,65 mil milhões de euros, um aumento de dez vezes em relação ao período atual.
O comissário europeu para os Transportes, Apostolos Tzitzikostas, resumiu a urgência da medida: “Não se pode defender um continente se não se pode deslocar através dele”.
A iniciativa foi desenvolvida em coordenação com a NATO para garantir a coerência entre as duas organizações.














