O encontro reflete a prioridade geopolítica que a UE atribui ao continente africano, seu vizinho mais próximo.

A cimeira, copresidida pelo Presidente do Conselho Europeu, António Costa, e pelo Presidente de Angola, João Lourenço, centra-se no tema “promover a paz e a prosperidade através de um multilateralismo eficaz”. António Costa sublinhou a interligação entre os dois continentes, declarando à agência Lusa que “a prosperidade e a segurança da Europa e de África estão interligadas”.

O objetivo, segundo Costa, é criar “uma parceria UE-África forte, equilibrada e orientada para o futuro”, onde ambos os blocos possam “crescer juntos e proteger-se mutuamente”.

A UE já é o principal parceiro comercial e investidor em África, com um volume de trocas comerciais superior a 355 mil milhões de euros e um investimento direto estrangeiro de 238,9 mil milhões de euros em 2023. Para apoiar o desenvolvimento sustentável, a UE estabeleceu um pacote de investimento de pelo menos 150 mil milhões de euros até 2030, além de outros 79,5 mil milhões em programas e iniciativas entre 2021 e 2027.

A parceria abrange também a segurança, com 12 missões e operações civis e militares da UE atualmente ativas em África.

À margem do evento, a organização Human Rights Watch apelou para que os direitos humanos e o direito internacional sejam colocados no centro da cooperação entre os dois blocos.