A medida, sem precedentes, enfrenta obstáculos legais, políticos e financeiros significativos.
A maior parte dos cerca de 210 mil milhões de euros em ativos russos imobilizados na UE está na Bélgica, através da câmara de compensação Euroclear. O governo belga tem manifestado fortes reservas, exigindo garantias legais e financeiras robustas dos restantes 26 Estados-membros para se proteger de futuras ações judiciais por parte da Rússia.
Em resposta, a Duma russa já ameaçou com medidas legais contra a Bélgica e a Euroclear, classificando o plano como “roubo”.
A oposição mais veemente dentro da UE vem da Hungria, com o primeiro-ministro Viktor Orbán a advertir que a medida poderá levar ao “colapso do euro” e a acusar a UE de querer prolongar uma guerra que “não podemos ganhar”.
A Presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, está a pressionar por um acordo em dezembro, tendo apresentado três opções de financiamento e oferecido garantias adicionais a Bruxelas para mitigar os seus receios.
A situação é ainda mais complexa devido ao plano de paz norte-americano para a Ucrânia, que propõe uma utilização diferente para estes mesmos ativos, complicando a posição unificada que a UE tenta construir.
A decisão final testará o equilíbrio entre a solidariedade com a Ucrânia e a necessidade de manter a estabilidade jurídica e financeira do euro.














