O encontro reafirmou o compromisso europeu de investir 150 mil milhões de euros em África até 2027, através da estratégia Global Gateway.

No seu discurso de abertura, o Presidente do Conselho Europeu, António Costa, destacou que, com "a guerra a regressar à Europa", a parceria com África constitui "um investimento na própria segurança europeia".

Sublinhou que os dois blocos, representando 40% dos membros das Nações Unidas, partilham a responsabilidade de "moldar uma governação global mais justa". A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou esta visão, afirmando que "África e a Europa precisam uma da outra mais do que nunca" face a um comércio global cada vez mais politizado. Von der Leyen anunciou que a iniciativa Global Gateway já mobilizou 120 mil milhões de euros para 138 projetos em setores estratégicos.

Por seu lado, o Presidente angolano e presidente em exercício da União Africana, João Lourenço, salientou a necessidade de respostas conjuntas mais fortes contra o terrorismo e de um acesso mais justo de África aos mercados de capitais. Um dos consensos alcançados foi a necessidade de reformar instituições internacionais, como o Conselho de Segurança da ONU e a Organização Mundial do Comércio, uma "mensagem comum" que os dois continentes pretendem transmitir ao mundo.

O encontro serviu, assim, para consolidar uma parceria baseada em interesses partilhados e na procura de soluções conjuntas para desafios globais.