Perante a apresentação de um plano de paz para a Ucrânia pela administração norte-americana, os líderes da União Europeia mobilizaram-se para coordenar uma posição comum, sublinhando que qualquer acordo deve envolver a Europa e respeitar a soberania ucraniana. O Presidente do Conselho Europeu, António Costa, convocou reuniões informais de líderes à margem de cimeiras internacionais para garantir uma resposta unida e coordenada. As movimentações diplomáticas intensificaram-se após a divulgação de um plano de 28 pontos elaborado pelos EUA, que, na sua versão inicial, continha várias exigências russas, como a cedência de território e a renúncia da Ucrânia à adesão à NATO.
Em resposta, líderes europeus, do Canadá e do Japão emitiram um comunicado conjunto à margem da cimeira do G20, considerando o esboço uma "base que requer trabalho adicional" e manifestando preocupação com as limitações propostas às Forças Armadas ucranianas, que poderiam deixar o país "vulnerável a ataques futuros".
António Costa, após conversar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, prometeu uma "posição unida e coordenada da UE", afirmando que tal é "fundamental para garantir um bom resultado das negociações de paz, para a Ucrânia e para a Europa". Os chefes da diplomacia da UE também agendaram uma videoconferência para debater o tema.
A Europa insiste no princípio "nada sobre a Ucrânia sem a Ucrânia", procurando assegurar que não será marginalizada num processo decisivo para a sua própria segurança e estabilidade.
Em resumoA União Europeia reagiu de forma coordenada à proposta de paz dos EUA para a Ucrânia, com líderes como António Costa a organizarem reuniões para unificar a posição do bloco. A UE insiste que qualquer acordo deve envolver a Europa, respeitar a soberania ucraniana e não comprometer a sua capacidade de defesa, considerando o plano inicial apenas um ponto de partida.