O chanceler alemão, Friedrich Merz, e o Presidente francês, Emmanuel Macron, alertaram para a necessidade de a Europa assumir um maior protagonismo político e militar. O chanceler alemão, Friedrich Merz, instou a Alemanha e a Europa a assumirem a liderança, declarando que a atual conjuntura representa "o fim de uma era". Merz defendeu: "Temos de assumir um papel político e militar que tínhamos abandonado". Argumentou que, perante uma "realidade brutal" de guerra na Europa e um Presidente dos EUA focado na política 'América Primeiro', a aliança transatlântica deve ser mantida, mas a Europa precisa de estar preparada para enfrentar uma agressão militar por conta própria. Na mesma linha, Emmanuel Macron advertiu que a Rússia está a travar um "confronto estratégico com os europeus" e uma "guerra híbrida" em território europeu. Macron afirmou que seria "um erro sermos fracos perante esta ameaça" e que a França deve preparar-se para a possibilidade de um "grande confronto de alta intensidade na vizinhança da Europa entre 2027 e 2030". Estes apelos refletem uma mudança de paradigma na política de defesa europeia, impulsionada pela invasão russa da Ucrânia, com um foco renovado no aumento das despesas militares e na autonomia estratégica do continente.