A principal preocupação de Paris reside no impacto que a importação de produtos agrícolas do Mercosul, como carne bovina, aves e açúcar, poderá ter nos agricultores franceses.

Estes já protagonizaram grandes protestos em janeiro, considerando o acordo fatal para os seus negócios.

A cláusula de salvaguarda permitiria à UE limitar temporariamente a importação de um produto específico caso este causasse danos a um setor europeu.

Apesar de a Comissão Europeia ter assinado o acordo em dezembro de 2024 e ter apresentado medidas para proteger os produtos agrícolas mais sensíveis, Paris considera a redação atual do pacto "inaceitável". A ratificação do acordo, que criaria um mercado de 780 milhões de pessoas, depende da aprovação de todos os Estados-membros da UE, tornando a posição francesa um elemento crucial para a sua concretização.