A paralisação, que afeta múltiplos setores, reflete a crescente contestação social às políticas do governo belga.

O principal aeroporto internacional da Bélgica, em Zaventem, justificou a decisão com a adesão dos funcionários da empresa prestadora de serviços de segurança e assistência à greve. A administração do aeroporto informou, através do seu site oficial, que, após consultas com as companhias aéreas, decidiu não operar voos de passageiros com partida nesse dia. A ação sindical insere-se num contexto mais vasto de protestos contra as políticas do governo, que planeia reformar o sistema de segurança social e considera congelar a indexação automática dos salários para reduzir o défice do Estado. A greve de 26 de novembro representa o culminar de uma série de ações de protesto que começaram nos dias anteriores, com paralisações parciais nos transportes e serviços públicos. A paralisação total das partidas de voos num dos principais hubs aéreos da Europa evidencia a capacidade de mobilização dos sindicatos e o impacto económico e logístico de tais ações, numa demonstração de força contra as medidas governamentais.