O evento foi marcado por protestos massivos que reuniram entre 20.000 e 30.000 manifestantes, evidenciando a profunda polarização social e política na maior economia da União Europeia.

A criação da nova ala jovem surge após a dissolução da sua antecessora, a "Alternativa Jovem", que estava sob ameaça de ser banida por promover ideias xenófobas e por envolvimento em vários escândalos. O congresso da AfD teve de ser adiado por mais de duas horas devido aos bloqueios de ruas e confrontos entre manifestantes e a polícia, que resultaram em vários agentes feridos e algumas detenções. Os líderes da AfD, Alice Weidel e Tino Chrupalla, utilizaram os protestos para se vitimizarem, com Chrupalla a afirmar: "Há algo de errado neste país e é por isso que é importante fundar a Geração Alemanha, a geração boa, aqui e hoje". O novo líder da organização juvenil, Jean-Pascal Hohm, defendeu o partido das acusações de ser pró-Rússia, declarando: "Somos patriotas alemães e a primeira coisa que perguntamos é quais são os interesses da Alemanha e dos nossos cidadãos".

A ascensão da AfD, que ficou em segundo lugar nas eleições parlamentares de fevereiro e se prepara para importantes eleições regionais em 2026, representa um desafio significativo para o establishment político alemão e para a coesão da União Europeia, dado o seu cariz anti-imigração e pró-russo.