Um relatório recente indica que este tópico já representa 26% das menções digitais, superando outras prioridades e evidenciando uma desconexão com a comunicação institucional da Comissão Europeia, que se tem focado na competitividade.
O relatório "VDL 2.1: Unified voice, fragmented audience, weak reception", produzido pela consultora LLYC, analisou milhares de dados digitais e concluiu que o debate público europeu mudou de foco.
A análise mostra que nos Estados-Membros que fazem fronteira com a Rússia, como Letónia, Eslováquia, Chéquia ou Estónia, as conversas sobre segurança e defesa atingem níveis entre 63% e 71% do total.
Em contrapartida, países como França e Espanha concentram-se mais em "democracia e valores".
Apesar desta tendência no debate público, a Comissão Europeia, sob a liderança de Ursula von der Leyen, manteve a competitividade como prioridade na sua comunicação, dedicando-lhe quase metade dos discursos dos Comissários em 2025.
Esta discrepância resulta numa "voz relativamente unificada em Bruxelas, mas a receção entre o público europeu revela-se fragmentada".
O estudo sugere que, para colmatar esta falha, a comunicação da UE deveria combinar o foco em temas estruturais, como a competitividade, com uma reafirmação dos valores fundadores do bloco, de modo a criar uma narrativa comum que legitime o projeto europeu e alinhe a agenda institucional com as preocupações dos cidadãos.













