O acordo, negociado entre o Parlamento Europeu e os Estados-membros, estabelece um calendário faseado.

Para o gás natural liquefeito (GNL), a proibição de contratos de longo prazo será aplicada a partir de 1 de janeiro de 2027, e para contratos de curto prazo, a partir de 25 de abril de 2026. No caso do gás transportado por gasoduto, a proibição de contratos de longo prazo entrará em vigor, o mais tardar, a 1 de novembro de 2027.

Von der Leyen sublinhou o progresso significativo já alcançado, afirmando: “Estamos a virar essa página e estamos a virá-la para sempre.

Este é o início de uma nova era, a era da verdadeira independência energética da Europa em relação à Rússia”. A presidente da Comissão destacou que as importações de gás russo caíram de 45% do total da UE no início da guerra para os atuais 13%. A Rússia reagiu prontamente, com o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, a advertir que a Europa se está a “condenar a fontes de energia mais caras”, o que irá acelerar a “perda de potencial de liderança por parte da economia europeia”. O acordo foi estruturado como uma proposta legislativa, permitindo a sua aprovação por maioria qualificada e evitando assim um potencial veto de países como a Hungria e a Eslováquia, que se têm mostrado mais relutantes em cortar os laços energéticos com Moscovo.