A resolução, aprovada com 464 votos a favor, apelava à libertação de pessoas detidas na Tunísia por exercerem o seu direito à liberdade de expressão, incluindo presos políticos e defensores dos direitos humanos.
Em resposta, Saied instruiu o seu ministro dos Negócios Estrangeiros a protestar formalmente junto do bloco europeu, afirmando que a Tunísia não aceita lições sobre direitos e liberdades.
O Presidente tunisino já tinha convocado o embaixador da UE em Tunes, acusando-o de desrespeitar as regras diplomáticas.
A resolução do Parlamento Europeu mencionava especificamente o caso da advogada Sonia Dahmani, pedindo a sua libertação “imediata e incondicional”.
Embora Dahmani tenha sido libertada sob fiança após 18 meses de detenção, ainda enfrenta acusações com base num controverso decreto sobre desinformação, cuja revogação foi solicitada pelos eurodeputados.
O PE também exortou as autoridades tunisinas a proteger a liberdade de expressão e a independência do poder judicial.
O confronto diplomático evidencia as crescentes tensões entre Bruxelas e Tunes, num contexto de preocupação europeia com o retrocesso democrático no país do Norte de África, enquanto a Tunísia reafirma a sua soberania e rejeita o que considera ser uma interferência externa.













