O Parlamento Europeu expressou uma firme oposição ao plano de paz para a Ucrânia proposto pela administração do Presidente norte-americano Donald Trump, aprovando uma resolução que condena o documento. A votação, que resultou em 401 votos a favor da rejeição, 70 contra e 90 abstenções, envia um sinal político claro de que a proposta, na sua forma atual, é inaceitável para uma das principais instituições da União Europeia. A rejeição parlamentar reflete a preocupação generalizada em Bruxelas de que o plano de 28 pontos, mesmo após revisões, favorece excessivamente os interesses da Rússia e compromete a soberania e a integridade territorial da Ucrânia.
A proposta inicial incluía concessões significativas a Moscovo, como o reconhecimento de territórios anexados e limitações às forças armadas ucranianas, o que foi visto por muitos líderes europeus como uma recompensa pela agressão.
A votação no Parlamento Europeu surge num momento de intensa atividade diplomática, com a UE a sentir-se marginalizada das negociações diretas entre os EUA e a Rússia.
A resolução aprovada reforça a posição de que qualquer acordo de paz deve respeitar o direito internacional e contar com a participação ativa tanto da Ucrânia como da União Europeia, que tem sido o principal pilar de apoio a Kiev desde o início da invasão.
A decisão do Parlamento não é vinculativa para o Conselho Europeu ou para a Comissão, mas aumenta a pressão política sobre os Estados-membros para que adotem uma postura unida e crítica em relação a um acordo que consideram prejudicial para a segurança do continente.
Em resumoAo rejeitar formalmente o plano de paz norte-americano para a Ucrânia, o Parlamento Europeu afirmou a sua oposição a qualquer acordo que comprometa a soberania ucraniana e recompense a agressão russa. Esta votação sublinha a desconfiança europeia em relação a uma solução negociada sem a sua participação direta e reforça a exigência de que qualquer paz seja justa e duradoura, em conformidade com o direito internacional. A decisão solidifica a posição institucional da UE contra cedências territoriais impostas e pressiona os Estados-membros a manterem uma frente unida.