A União Europeia está a preparar um novo pacote de medidas contra a Bielorrússia em resposta ao que descreve como “ataques híbridos” por parte do regime de Alexander Lukashenko. A decisão surge após um agravamento da situação na fronteira com a Lituânia, com incursões crescentes de balões de contrabando no espaço aéreo do Estado-membro. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, qualificou as ações de Minsk como “completamente inaceitáveis” numa conversa telefónica com o Presidente lituano, Gitanas Nauseda.
Segundo a UE, estas incursões, que já interromperam centenas de voos e causaram perdas económicas, não são apenas atos de contrabando, mas parte de uma campanha híbrida mais ampla que inclui também o tráfico de migrantes patrocinado pelo Estado bielorrusso. O objetivo seria desestabilizar um Estado-membro da UE e intimidar os cidadãos europeus através de ameaças diretas à aviação civil.
Em resposta, a Lituânia já tinha autorizado o seu exército a abater os balões que violassem o seu espaço aéreo.
Agora, a UE prepara-se para reforçar o seu regime de sanções contra Minsk, dando continuidade a uma política de pressão que se intensificou desde a repressão da oposição bielorrussa e o apoio do regime à invasão russa da Ucrânia.
As novas medidas visam aumentar o custo destas ações para o governo de Lukashenko e reafirmar a solidariedade do bloco com a Lituânia.
Em resumoA preparação de novas medidas da UE contra a Bielorrússia demonstra a determinação do bloco em responder firmemente a ações consideradas “ataques híbridos”. As incursões de balões na Lituânia são vistas como uma tática de desestabilização deliberada por parte do regime de Lukashenko, levando a uma resposta coletiva que visa reforçar as sanções existentes. Esta ação sublinha a solidariedade da UE com os seus Estados-membros fronteiriços e a sua prontidão para combater ameaças não convencionais.