O seu mandato tem sido pautado por desafios significativos, como a guerra na Ucrânia e as tensões comerciais, que testaram a sua capacidade de construir consensos.

O balanço divulgado pelo Conselho Europeu destaca o papel de Costa no reforço do envolvimento da UE com parceiros internacionais, tendo copresidido 11 cimeiras com países e organizações que representam mais de 60% dos membros das Nações Unidas. Internamente, liderou 11 reuniões de líderes da UE, incluindo cimeiras ordinárias e retiros informais focados em temas estratégicos como a defesa e a competitividade. Desde o início do seu mandato, a 1 de dezembro de 2024, Costa definiu como prioridades a unidade do bloco, a defesa dos valores democráticos e a promoção de uma ordem multilateral. Em Bruxelas, a sua liderança é percebida como sendo focada na construção de pontes e na aproximação política, evitando a imposição de decisões.

No entanto, o seu primeiro ano também foi marcado por desafios, como a exclusão da UE das negociações de paz para a Ucrânia, lideradas pelos EUA, e as tensões numa potencial guerra tarifária.

Nos próximos meses, a sua capacidade de mediar será crucial para solidificar consensos em dossiers decisivos, como o futuro apoio financeiro a Kiev e o próximo orçamento de longo prazo da União. A sua experiência como primeiro-ministro de Portugal é vista como um trunfo para navegar as sensibilidades nacionais e encontrar soluções de compromisso entre os 27 Estados-membros.