A visita, que incluiu a assinatura de vários contratos comerciais, reflete a complexa relação da Europa com Pequim, vista simultaneamente como parceira e rival sistémica.
No centro das discussões esteve o conflito na Ucrânia.
Macron apelou a Xi para que use a sua influência junto da Rússia para “levá-la a cessar a guerra”, afirmando que a capacidade de cooperação entre a Europa e a China nesta matéria é “determinante”. O Eliseu reiterou ter uma “expectativa constante” de que Pequim “chame a Rússia à razão”.
Os artigos sublinham que a China nunca condenou a invasão e é um parceiro económico e político fundamental para Moscovo, sendo acusada pelos europeus de fornecer componentes militares.
O segundo pilar da visita foi a relação económica. Macron abordou as práticas comerciais chinesas consideradas “desleais” por Paris e defendeu o reequilíbrio da relação comercial, marcada por um enorme défice de 306,3 mil milhões de euros em detrimento da UE.
O líder francês apelou ao crescimento de “investimentos cruzados” e à cooperação para uma governação económica baseada em “regras”.
Outro tema sensível foi o acesso a metais raros, cuja produção é dominada pela China.
Por seu lado, Xi Jinping garantiu que a China tenciona cooperar com França para “eliminar qualquer interferência” e tornar a parceria estratégica mais estável.
A visita de Macron, acompanhado por 35 líderes empresariais, evidencia a tentativa europeia de dialogar com a China em questões geopolíticas cruciais, sem ignorar as profundas divergências económicas.














