Complementarmente, o Sistema de Entrada e Saída (EES) substituirá o carimbo manual de passaportes pela recolha digital de dados biométricos, como impressões digitais e imagem facial. A sua introdução está a ser feita de forma faseada até abril de 2026, mas tem enfrentado problemas de arranque que provocaram atrasos, nomeadamente no Porto de Dover, onde a sua plena aplicação para passageiros de automóveis foi adiada para evitar constrangimentos. Estas novas regras inserem-se numa estratégia europeia mais vasta que inclui o aumento de taxas turísticas em várias cidades e países, como Espanha e Noruega, e regras mais apertadas sobre alojamentos de curta duração em destinos como Paris e Barcelona. O objetivo é duplo: por um lado, reforçar os controlos de segurança e, por outro, afastar o modelo de turismo de baixo custo em favor de um setor considerado mais sustentável. O ETIAS é visto como uma “peça central desta transição”, funcionando não apenas como um instrumento de segurança, mas também como parte de um novo enquadramento de custos associados a viajar na Europa.