O processo diplomático é liderado pelos enviados norte-americanos Steve Witkoff e Jared Kushner, que se reuniram com Vladimir Putin em Moscovo.
Esta abordagem bilateral tem sido criticada na Europa, com o Presidente francês, Emmanuel Macron, a alertar para a possibilidade de Washington "trair" a Ucrânia e a Europa.
Para coordenar uma resposta, Macron anunciou a sua participação numa reunião em Londres com Zelensky, o chanceler alemão Friedrich Merz e o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, com o objetivo de avaliar "as negociações em curso no âmbito da mediação americana".
A principal preocupação europeia é que a Ucrânia seja pressionada a fazer concessões territoriais, uma ideia que encontra forte resistência nos Países Bálticos e na Polónia, que a consideram uma ameaça à sua própria integridade. O próprio Zelensky reafirmou que a Ucrânia não pode aceitar um cessar-fogo que permita à Rússia "voltar com uma terceira invasão" e que qualquer acordo deve incluir garantias de segurança claras, tanto dos EUA como dos aliados europeus. Analistas sublinham a impotência crescente na Europa, sugerindo que o continente precisa de assumir uma "posição dissonante da dos EUA" para ter um papel relevante.
As conversações em Moscovo terminaram sem um acordo concreto sobre os territórios, com o Kremlin a afirmar que, embora algumas propostas sejam aceitáveis, "ainda há muito trabalho a fazer".














