A decisão surge devido ao agravamento da situação na fronteira com a Lituânia, com um aumento das incursões de balões de contrabandistas no espaço aéreo do país. Numa conversa telefónica com o Presidente da Lituânia, Gitanas Nauseda, von der Leyen classificou a situação como "completamente inaceitável".

Os balões, utilizados para o contrabando, têm violado repetidamente o espaço aéreo lituano, interrompendo centenas de voos e causando perdas significativas aos aeroportos e viajantes.

A UE não considera estes incidentes como mero tráfico ilícito, mas como parte de uma "campanha híbrida mais ampla e seletiva" levada a cabo por Minsk, que inclui também o tráfico de migrantes patrocinado pelo Estado. No final de outubro, o Conselho Europeu já tinha condenado estas ações, considerando que colocam em risco a estabilidade de um Estado-membro e visam intimidar os cidadãos europeus através de ameaças diretas à aviação civil.

Em resposta, a Lituânia autorizou o seu exército a abater os balões que violem o seu espaço aéreo.

As novas medidas da UE serão enquadradas no regime de sanções já existente contra a Bielorrússia, aprofundando a pressão sobre o regime de Lukashenko pela sua contínua desestabilização da fronteira oriental do bloco.