Estas ameaças, proferidas em vésperas de negociações cruciais com os EUA, são vistas como uma tática de pressão e intimidação, mas foram desvalorizadas pelo secretário-geral da NATO. As declarações de Putin foram feitas pouco antes de receber o emissário norte-americano Steve Witkoff em Moscovo.
"Não temos a intenção de fazer guerra à Europa, mas se a Europa o desejar e começar, estamos prontos imediatamente", afirmou o líder russo.
No mesmo discurso, acusou os líderes europeus de tentarem impedir os esforços de paz dos EUA, afirmando que estes "não têm um programa de paz, estão do lado da guerra" e apresentam "exigências que são absolutamente inadmissíveis para a Rússia". A retórica belicista foi interpretada por analistas como uma "linguagem muito perigosa" e uma forma de Putin "tocar nos pontos que, para nós, são muito sensíveis, que nos enervam, que nos deixam com medo".
Em contraste, o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, desvalorizou a ameaça, afirmando: "Não vou reagir a tudo o que o presidente russo diz".
Rutte insistiu na necessidade de continuar a pressionar Moscovo, mas manteve a confiança nos esforços de mediação dos EUA.
A ameaça de Putin surge num contexto em que alguns analistas já debatem a possibilidade de uma guerra entre a Europa e a Rússia, com um comentador a notar que "há politólogos que dizem que a guerra entre a Europa e a Rússia já começou".














