A decisão, formalizada por decreto, representa mais um passo na deterioração das relações entre Moscovo e os países da NATO.

A decisão foi oficializada através de um decreto emitido pelo primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, e citada pela agência de notícias estatal TASS. Os acordos em causa incluem o tratado de cooperação militar com Portugal, assinado a 4 de agosto de 2000, um pacto com o Canadá datado de 1989 e um acordo semelhante com a França.

O governo russo justificou a medida afirmando que os pactos já não são relevantes no contexto atual.

Esta ação é um claro sinal do aprofundamento do fosso entre a Rússia e o Ocidente, desmantelando estruturas de cooperação que foram estabelecidas no final da Guerra Fria e nos anos seguintes.

A rescisão destes acordos militares com dois importantes membros da União Europeia (Portugal e França) e um parceiro estratégico como o Canadá reflete a hostilidade crescente de Moscovo e a sua intenção de cortar os laços de segurança que mantinha com nações que agora considera hostis devido ao seu apoio à Ucrânia. A medida insere-se numa estratégia mais ampla de confronto diplomático e militar, eliminando os canais formais de diálogo e cooperação em defesa que existiram durante décadas.