O objetivo é claro: garantir o "apoio inabalável" da Europa numa altura em que a administração Trump aumenta a pressão por um acordo rápido.
O plano de paz norte-americano, que segundo várias fontes sugere a cedência da região do Donbass à Rússia, é visto com grande desconfiança.
O chanceler Merz afirmou estar "cético em relação a alguns detalhes que vemos nos documentos vindos dos Estados Unidos".
Esta perceção é partilhada por outros líderes, que se sentem marginalizados num processo negocial que definirá a arquitetura de segurança do continente.
A revista Der Spiegel revelou mesmo uma chamada entre líderes europeus onde Macron terá alertado para a possibilidade de uma "traição" dos EUA à Ucrânia.
Os europeus temem que um acordo apressado, que recompense a agressão russa, possa encorajar futuras ações militares de Moscovo contra outros países do continente nos próximos anos.
Zelensky, por sua vez, reafirmou a sua recusa em ceder território, declarando que, "de acordo com a lei, não temos esse direito".
A Europa debate agora como pode reforçar as garantias de segurança a Kiev para que qualquer cessar-fogo seja justo e duradouro, procurando ao mesmo tempo um lugar à mesa das negociações.














