A medida simboliza a profunda deterioração das relações entre a Rússia e os Estados-membros da União Europeia.
A decisão foi formalizada através de um decreto emitido pelo primeiro-ministro russo, Mikhail Mishustin, e afeta também um pacto semelhante com o Canadá.
O adido de imprensa da embaixada russa em Portugal, Aleksei Chekmarev, justificou a ação afirmando que "foi Portugal que deu início ao processo de rutura de laços, ao apoiar incondicionalmente a guerra híbrida da UE contra o nosso país". Segundo o diplomata, as "ações hostis das autoridades portuguesas paralisaram todo o sistema" de relações bilaterais, que se encontram agora "no nível mais baixo da sua história contemporânea".
O acordo com Portugal, assinado em 2000, visava promover a confiança mútua e a segurança internacional através da troca de informação e cooperação no domínio militar.
A embaixada russa sublinhou que, atualmente, "nenhum dos documentos bilaterais funciona agora".
A medida é vista como uma retaliação direta ao apoio contínuo dos países europeus a Kiev, incluindo o recente plano da Comissão Europeia para canalizar receitas de ativos russos congelados para a Ucrânia.
O Kremlin advertiu que se reserva "o direito de determinar as medidas a tomar dependendo da política hostil das autoridades portuguesas", num claro sinal de que a escalada diplomática pode continuar.














