A estratégia norte-americana descreve a Europa como um conjunto de nações "fracas e decadentes", prevendo um "apagamento civilizacional" no continente nas próximas duas décadas, que atribui às políticas migratórias e à influência de instituições como a União Europeia.
O documento, que ecoa a teoria da "grande substituição", afirma que os EUA devem apoiar "partidos europeus patriotas" para ajudar a Europa a "corrigir o seu rumo".
Esta posição foi classificada pelo Presidente do Conselho Europeu, António Costa, como uma inaceitável "ameaça de interferência na vida política da Europa".
Costa sublinhou que, "se somos aliados, devemos agir como tal", e que "os Estados Unidos não podem substituir os cidadãos europeus na escolha de quais são os bons partidos e os maus partidos".
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, reforçou esta posição, afirmando que "ninguém deve interferir" nos processos democráticos europeus.
A chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, considerou o texto uma "provocação", embora tenha ressalvado que "os Estados Unidos continuam a ser o nosso maior aliado".
As críticas de Donald Trump estenderam-se aos líderes europeus, acusando-os de "falarem sem produzir" resultados, especialmente no que toca à guerra na Ucrânia, onde considera que a Rússia detém a vantagem. Esta redefinição da política externa americana, que prioriza a "América Primeiro" e encara a UE como uma fonte de risco, intensifica o debate sobre a necessidade de a Europa reforçar a sua autonomia estratégica e capacidade de defesa.














