Este acordo representa um passo crucial para garantir que o bloco atinja a neutralidade climática até 2050, conforme estabelecido na Lei Europeia do Clima.

A nova meta visa proporcionar previsibilidade a longo prazo para a indústria, investidores e cidadãos, orientando a transição para uma economia verde.

Para equilibrar a ambição climática com a competitividade económica, os legisladores concordaram em introduzir novas formas de flexibilidade. A partir de 2036, até cinco pontos percentuais da redução de emissões poderão ser alcançados através de créditos internacionais de carbono de alta qualidade, uma medida que permite, por exemplo, que projetos sustentáveis em países parceiros contribuam para as metas europeias.

A Comissão Europeia ficou encarregue de avaliar, a cada dois anos, o progresso em direção à meta, considerando os dados científicos mais recentes, os avanços tecnológicos e a competitividade internacional da UE.

Esta revisão permitirá ajustar a trajetória ou adotar medidas adicionais para proteger a estabilidade social e a prosperidade do bloco.

O acordo, que ainda precisa de ser formalmente aprovado por ambas as instituições, reforça a liderança da UE na ação climática global, estabelecendo um dos roteiros de descarbonização mais ambiciosos do mundo.