A decisão, formalizada por um decreto do primeiro-ministro Mikhail Mishustin, põe fim a pactos que estavam em vigor há décadas, assinados entre 1989 e 2000.
O acordo com Portugal, datado de 2000, visava "a promoção da cooperação entre as partes no domínio militar para o aprofundamento da confiança mútua e da segurança internacional". A embaixada da Rússia em Lisboa justificou a medida, afirmando que "foi Portugal que deu início ao processo de rutura de laços, ao apoiar incondicionalmente a guerra híbrida da UE contra o nosso país". Segundo um diplomata russo, as "ações hostis das autoridades portuguesas paralisaram todo o sistema" de relações bilaterais, que se encontram "no nível mais baixo da sua história contemporânea".
A embaixada referiu ainda que "nenhum dos documentos bilaterais funciona agora", citando como exemplo a rescisão, por parte de Lisboa, do protocolo de amizade com a cidade de Moscovo.
Esta medida simbólica, mas significativa, representa mais um passo na desintegração da arquitetura de segurança e confiança construída na Europa após o fim da Guerra Fria, refletindo a profunda deterioração das relações diplomáticas desde a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia em 2022.














